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    Codeína: O que é, contraindicações e como lidar no exame toxicológico

    Nesse conteúdo falaremos sobre a codeína, principais efeitos, contraindicações e também a relação com o exame toxicológico.

    A codeína é um medicamento opióide amplamente utilizado no tratamento da dor, mas só pode ser adquirido em farmácias com a utilização de receita médica. Normalmente a codeína é recomendado para pessoas que sofrem de dores que não respondem adequadamente aos analgésicos comuns, mas que também não requerem tratamentos mais potentes ou específicos.

    Apesar de ser um medicamento utilizado há mais de 70 anos com objetivos terapêuticos, durante a década de 90, a codeína passou a ser usada para fins recreativos ao ser misturada com refrigerantes.

    A bebida, conhecida como “purple drank” ou “bebida roxa”, é feita com xarope de codeína e foi responsável pela morte de diversos rappers nos EUA, provocando discussões sobre o uso não autorizado dessa substância.

    A codeína, assim como outros opióides, é frequentemente utilizada como uma substância viciante devido às suas propriedades relaxantes no sistema nervoso central, podendo resultar em dependência se utilizada de forma crônica e sem a devida supervisão médica. Confira abaixo mais informações sobre a codeína, seus usos, indicações e contraindicações.

    Mas afinal, o que é a Codeína?

    A codeína é um composto orgânico natural que faz parte da composição do ópio, sendo possível adquiri-lo em farmácias em forma de xaropes ou comprimidos. Ao ser processado pelo fígado, transforma-se em morfina, o que acaba resultando em analgesia ao paciente. A maneira como é administrado pode ser através de via oral ou endovenosa, sendo que seu tempo de ação pode variar entre 3 a 6 horas.

    Efeitos da Codeína no usuário

    Ao agir diretamente no sistema nervoso central, a codeína produz um efeito analgésico ao paciente. Ao se ligar ao receptor opióide, ela hiperpolariza os neurônios, o que resulta em um aumento na tolerância à dor, pois reduz a excitabilidade neuronal.

    Quando usada para tratar a tosse, a codeína interage com a região do cérebro que induz a tosse, acalmando-a e aliviando os sintomas.

    Contraindicações da codeína:

    • Pacientes com alergia à codeína ou qualquer outro componente presente na fórmula do medicamento;
    • Pessoas com asma não tratada ou descontrolada;
    • Indivíduos com hiperventilação;
    • Pacientes com problemas respiratórios graves;
    • Pessoas com obstrução intestinal;
    • Pacientes que tenham passado por cirurgias recentes no trato intestinal ou urinário.

    Além disso, é necessário avaliar cuidadosamente a prescrição da codeína nos casos de:

    • Crianças e idosos;
    • Mulheres em fase de amamentação;
    • Crianças que passaram por cirurgias para retirada das amígdalas e adenoides;
    • Indivíduos com problemas nas glândulas adrenais;
    • Pessoas com problemas respiratórios ou intestinais;
    • Pacientes com doenças pulmonares;
    • Pessoas que sofrem de convulsões;
    • Indivíduos obesos;
    • Pessoas com apneia do sono;

    E para que serve a codeína?

    Uma das principais vantagens da codeína é sua acessibilidade como medicamento, sendo útil no tratamento de diversas dores. É comumente utilizada em tratamentos pós-cirúrgicos, como após extrações dentárias, além de ser recomendada para casos de tosse seca sem expectoração. Em algumas situações, pode ser prescrita de maneira “off-label” para tratar a síndrome das pernas inquietas ou diarreias persistentes, mas é importante ressaltar que a substância jamais deve ser administrada sem acompanhamento médico.

    Devido ao risco de uso indevido e abuso, a administração de codeína deve ser cuidadosamente monitorada por um médico. O consumo prolongado ou em doses elevadas sem a devida supervisão pode levar à dependência física e psicológica do paciente.

    Quando utilizado em quantidades acima do recomendado, este medicamento pode afetar as funções cerebrais que regulam as funções corporais. Isso pode causar sintomas como sonolência, vômito, redução dos batimentos cardíacos, da respiração, da temperatura corporal e da pressão arterial, podendo até mesmo resultar em coma.

    Adicionalmente, é importante salientar que a interrupção do uso da codeína deve ser realizada apenas sob supervisão médica, pois o abandono repentino pode desencadear sintomas de abstinência.

    Principais efeitos colaterais do uso da codeína

    Os efeitos colaterais possíveis durante o uso terapêutico incluem náuseas, vômitos, constipação, sonolência, confusão mental, tontura, sudorese, boca seca, dores de cabeça, dores abdominais, dificuldade de digestão, agitação, vermelhidão na pele, perda da libido e disfunção sexual.

    Exame toxicológico e codeína:

    A codeína é identificada no exame toxicológico, o teste de toxicologia, que tem a finalidade de verificar se o indivíduo ingeriu ou entrou em contato com alguma substância nociva ou entorpecente nos últimos seis meses, tem a capacidade de identificar todo e qualquer opiáceo, tal como a codeína.