A Meningite é uma doença inflamatória que atinge as Meninges, membranas que envolvem a medula espinhal e o cérebro. A doença é considerada perigosa e fatal pelo fato de provocar lesões mentais, motoras e auditivas.
Em geral, a meningite atinge especialmente idosos e crianças menores de dois anos, cujo sistema imunológico ainda não possui completa resistência
Existem diferentes tipos de meningite e, para cada um, há causas e sintomas específicos. O tipo de meningite mais conhecido e recorrente é o causado por bactérias: a meningite bacteriana.
Os demais tipos de meningite fazem parte do grupo de meningites assépticas, que é quando a doença não é causada por bactérias, mas por fatores como:
Em casos raros, a meningite pode ser resultado de causas não-infecciosas, como reações químicas, alergia a alguns medicamentos e também alguns tipos de câncer.
Sendo assim, a maior preocupação é com as meningites contagiosas ou transmissíveis. São elas que podem acarretar surtos, epidemias e levar a um quadro crônico da doença.
A seguir, vamos conhecer os quatro tipos principais de meningite.
A meningite bacteriana é a mais grave, geralmente, é passado de pessoa para pessoa pelo contato com a saliva do portador da bactéria. Tosse, espirro, fala e beijo são exemplos de meios de transmissão.
Nesse caso de meningite, a doença se instala quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro.
A meningite bacteriana também pode ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após uma cirurgia.
A meningite bacteriana se caracteriza por sintomas que podem variar conforme a idade.
A meningite viral é a causa mais comum de meningite asséptica, mas também é a menos perigosa, pois a pessoa infectada melhora sem a necessidade de um tratamento específico.
A meningite viral atinge principalmente crianças com menos de 5 anos e é transmitida por meio da saliva (fala, tosse, espirro, beijo) ou pelas fezes.
Os vírus responsáveis por esse tipo de meningite podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados. Por isso, a doença tem sido mais comuns entre o fim do verão e o começo do outono.
A Meningite fúngica é rara e sua principal causa são os fungos do tipo Cryptococcuse Coccidioides, que se propagam através do sangue para as meninges.
Essa propagação pode acarretar um quadro crônico, originando sérias complicações como hidrocefalia e interrupção do fluxo sanguíneo. Por isso, esse tipo de meningite dificilmente tem cura e a taxa de mortalidade é bastante alta – podendo atingir 90% dos casos.
Vale saber!
Existem outros agentes fúngicos que também podem causar a doença, como os fungos Candida, Aspergillus, Histoplasma, Blatomyces e Mucor.
Em alguns casos, os seus efeitos podem ser similares ou até idênticos aos da meningite bacteriana – embora não seja uma doença contagiosa. Mas a evolução da doença e a gravidade dos sintomas dependem do estado imunológico do indivíduo.
As pessoas com doenças crônicas (como diabetes e câncer) ou que são portadoras do vírus HIV têm mais chances de desenvolver o problema.
Quando a meningite fúngica é causada por Cryptococcus, ela é crônica e geralmente o indivíduo precisará de tratamento por toda a vida.
Quanto aos sintomas, a doença se caracteriza por febre, dor de cabeça, torcicolo, náusea, vômito, fotofobia e confusão mental.
É um tipo raro da doença e se manifesta após o consumo da carne de animais contaminados com o parasita Angiostrongylus Cantonensis, que infesta o caracol, a lesma, o caranguejo ou o caramujo gigante africano.
Além disso, o consumo de alimentos contaminados com a secreção liberada pelos caramujos também pode causar a doença.
As larvas se alojam no intestino dos ratos → As larvas são eliminadas nas fezes → Os caramujos ingerem as fezes contaminas → Em contato com alimentos, os caramujos liberam os parasitas → Pessoas consomem os caramujos e/ou os alimentos infectados → Parasitas caem na corrente sanguínea → Alcançam o córtex cerebral → Está instalada a meningite eosinofílica
Os principais sintomas desse tipo de meningite são dor de cabeça forte; rigidez na nuca; dor e dificuldade em mexer o pescoço; náuseas e vômitos; febre baixa; formigamento no tronco, braços e pernas; e confusão mental.
Cada tipo de meningite atinge mais uma faixa etária do que outras. O tipo viral, por exemplo, costuma afetar crianças de até 5 anos. Já a forma bacteriana, geralmente, atinge adultos a partir dos 20 anos. Assim, o fator idade é relevante no trato com a doença.
Residir em grandes centros urbanos e frequentar ambientes fechados e cheios de pessoas também podem aumentar os riscos de contrair algum tipo de meningite. Portanto, atenção!
Gestantes têm mais chances de contrair listeriose: intoxicação causada pela ingestão de alimentos contaminados com a bactéria Listeria Monocytogenes, responsável pela meningite bacteriana.
Sistema imunológico comprometido também é sinal de alerta. Pessoas com baixa imunidade correm maiores riscos de apresentar a doença. É o caso de portadores de aids ou diabetes, por exemplo.
O tratamento para meningite depende do agente causador. Vamos conhecer as principais orientações para cada tipo da doença:
Vale dizer que, quando as causas da meningite não estiverem claras, o médico especialista quase sempre ministra medicamentos antivirais e antibióticos. Esses são os tratamentos que atuam contra os tipos mais comuns da doença.
Para os casos de meningites causadas por reações químicas, alergias a medicamentos e algumas categorias de câncer, podem ser ministradas receitas à base de cortisona.
Como a doença quase sempre é resultado do contágio entre duas pessoas, evitar o contato ou proximidade com portadores é uma das formas de prevenção.
Tenha atenção também para a higienização adequada dos alimentos consumidos em casa e em locais públicos.
No entanto, a vacinação contra a meningite ainda é a melhor forma de se prevenir contra a doença.
Confira a seguir as especificações de cada uma delas:
Essa vacina protege contra diferentes tipos de meningite e doenças meningocócicas: infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo do Tipo B.
Não devem receber a vacina pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
Saiba mais sobre a Vacina Meningocócica B
Esquema Vacinal da meningocócica B
Segundo a SBIm e a SBP, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de 4 doses da vacina aos 3, 5 e 7 meses de vida. A 4ª dose deve ser entre 12 e 15 meses.
Após 1 ano de idade, são recomendadas 2 doses e 1 reforço. Entre 2 e 10 anos, nas crianças que não foram vacinadas, aplicam-se 2 doses com intervalo de 2 meses entre elas.
Para os adolescentes que não foram vacinados na infância, a recomendação é de 2 doses, com intervalo de 1 mês entre elas. Esse esquema também serve para adultos com até 50 anos em situações que justifiquem a imunização.
Protege contra doenças causadas pelo Meningococo C, incluindo meningite e meningococcemia, infecção generalizada.
Quem deve se vacinar?
Não devem receber a vacina pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina, bem como a dose anterior.
Esquema Vacinal
De acordo com a SBIm e com a SBP, o esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de 3 doses da vacina aos 3 e 5 meses. O reforço deve vir aos 12 meses, podendo ser aplicado entre 5 e 6 anos e aos 11 anos.
Para adolescentes, a recomendação é de 2 doses, com intervalo de 5 anos entre elas. Nesse caso, há preferência pela vacina Meningocócica Conjugada Quadrivalente ACWY, que protege contra mais de 3 categorias de Meningococos, além do tipo C .
Nos adultos, a recomendação é de que sejam imunizados com dose única da vacina. Mas só devem se imunizar em situações que justifiquem.
A vacina Meningocócica Conjugada Quadrivalente, protege contra os diferentes tipos de meningite e doenças meningocócicas: infecções generalizadas causadas pela bactéria Meningococo dos tipos A, C, W e Y.
Quem deve se vacinar?
Não devem receber a vacina pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
Saiba mais sobre a Vacina Meningocócica Conjugada ACWY
Esquema Vacinal
De acordo com a SBIm e com a SBP, na impossibilidade de ser aplicado esse tipo de vacina, deve-se utilizar a Vacina Meningocócica C Conjugada.
O esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de 3 doses, com início aos 3 meses e reforço aos 12 meses, 5 e 11 anos.
Adolescentes que nunca receberam a vacina devem tomar 2 doses, com intervalo de 5 anos entre elas. E, para os adultos, o recomendado é dose única da vacina.
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