A febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa viral febril aguda que pode ser transmitida pela picada de mosquitos infectados com o arbovírus amarílico, da família Flaviviridae, a mesma do vírus da dengue.
O arbovírus é transmitido pelos mosquitos pertencentes às espécies Aedes e Haemogogus sendo assim, não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
A febre amarela possui grande importância nos estudos sobre surtos de doenças, por causa da sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes Aegypti.
As diferentes espécies de mosquitos vivem em habitats diferentes, alguns ficam em torno das casas (domésticos) bem como na selva (selvagens) e alguns em ambos os habitats (semi-domésticos).
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A febre amarela silvestre é quando há transmissão em área rural ou de floresta. Sendo assim, é transmitida pelos mosquitos dos gêneros haemagogus e sabethes.
Os mosquitos se infectam ao picarem primatas com a febre amarela silvestre e acabam transmitindo o vírus para seres humanos moradores destas regiões.
Além disso é o tipo de febre amarela registrado em território brasileiro.
A febre amarela intermédia é o tipo de transmissão onde os mosquitos semi-domésticos (os que proliferam tanto na selva como junto das casas) infectam tanto os macacos como as pessoas.
A febre amarela urbana é transmitida através do mosquito aedes aegypti, onde um humano infectado anteriormente pela Febre Amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, que por sua vez espalha a doença picando outros seres humanos.
No entanto, desde 1942, o Brasil não registra casos deste tipo de FA.
ALERTA: Em todos os casos a doença possui as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico.
Logo, a diferença existente nos ciclos de transmissão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre amarela.
No Brasil, a maior parte do território é considerada região endêmica para a febre Amarela, com exceção de regiões contidas na grande faixa litorânea desde o Piauí até o Rio Grande do Sul.
Segundo o Ministério da Saúde, desde janeiro de 2017, o número de casos de febre Amarela vem aumentando.
No estado de Minas Gerais já foram confirmados 415 casos de febre amarela Silvestre, sendo que 130 deles evoluíram para óbito.
Em outros estados também há um aumento de casos:
Com o intuito de se detectar casos de febre amarela silvestre, o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde monitora frequentemente macacos doentes ou mortos.
Assim, uma vez que a identificação da doença neles estava fortemente associada à incidência de casos novos de Febre Amarela em seres humanos.
Apesar dos macacos não transmitirem a doença para humanos, a inspeção deles ocorre, pois, eles também podem ser infectados pelo vírus, fazendo com que desenvolvam a febre amarela silvestre de forma inaparente. Porém, com a quantidade suficiente do vírus para infectar os mosquitos que os picarem.
Dessa forma, acompanhar o desenvolvimento dos macacos ajuda a identificar em quais regiões está acontecendo a circulação do vírus.
Com estes dados, o governo distribui estrategicamente as vacinas no território nacional.
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Logo, se torna maior o risco de contrair a doença ao viajarem para locais em que ela está ativa, mesmo que não haja casos recentes reportados nestas regiões.
Geralmente, quem contrai o vírus da febre amarela não chega a apresentar sintomas, ou os apresentam de forma muito leve.
Já em outros casos, a pessoa contaminada apresenta os sintomas iniciais de 3 a 6 dias após ter sido infectada.
Dessa forma, ela permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus aos mosquitos que a picarem, por até 7 dias após a infecção.
Em geral, o vírus só causa sintomas em pessoas que nunca tiveram a doença ou que nunca foram imunizadas com a vacina contra a febre amarela.
Grande parte das pessoas infectadas melhoram após o surgimento destes sintomas iniciais.
No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença em sua forma grave podem morrer. Neste sentido, estratégias de prevenção, como a vacina, tornam-se fundamentais.
No entanto, a grande maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
IMPORTANTE: Após a identificação de alguns dos sintomas descritos acima, procure um médico na unidade de saúde mais próxima de você.
Não esqueça de informar caso tenha realizado alguma viagem para áreas de risco aproximadamente 15 dias antes ao início dos sintomas.
É importante que você informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e qual foi a data da imunização.
O tratamento para a febre amarela é apenas sintomático e deve ser realizado com cuidadosa assistência ao paciente.
O recomendado é que quando a doença for diagnosticada o paciente fique hospitalizado, onde deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando solicitado pelo médico especialista.
Para os casos mais graves da doença, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com o intuito de reduzir as complicações e o risco de óbito.
É de extrema importância que medicamentos salicilatos sejam evitados, como por exemplo AAS e Aspirina, já que o uso deles pode colaborar para o surgimento de manifestações hemorrágicas.
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A vacinação ainda é a melhor forma de se prevenir contra a febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza a vacina contra a doença gratuitamente à população.
Desde abril de 2017, o Brasil adotou o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A imunização contra a febre Amarela é obrigatória para toda pessoa que reside em áreas com recomendação da vacina contra a doença e para as pessoas que pretendem viajar para tais áreas.
A transmissão urbana da doença só é possível através da picada de mosquitos, por isso evitar a disseminação deles é a melhor forma de evitar a proliferação da febre amarela.
Algumas das medidas preventivas devem ser adotadas, como evitar o acúmulo de água limpa em recipientes (caixas d’água, latas e pneus).
Como os mosquitos se desenvolvem em água parada, esses ambientes tornam-se propícios para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas e assim novos mosquitos.
Outras medidas preventivas são:
No Brasil, existem 2 tipos de vacinas contra a febre amarela (atenuadas), ambas são compostas de vírus vacinal amarílico vivo atenuado (enfraquecido), cultivado em ovo de galinha.
Uma delas, no entanto, é produzida pela Biomanguinhos-Fiocruz.
Essa vacina está disponível apenas na rede pública de saúde, enquanto que a outra, utilizada pela rede privada, é produzida pela Sanofi Pasteur.
A comprovação de vacinação é exigida por alguns países a viajantes brasileiros, uma vez que o Brasil é considerado endêmico para a doença.
Assim, é necessária a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) para viajantes.
Todas as pessoas que vivem ou viajam para áreas endêmicas devem ser vacinadas a partir dos 9 meses de idade.
As principais indicações para a aplicação da vacina contra a febre amarela, são para:
A vacina está indicada somente em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair a doença.
Pessoas a partir de 5 anos, que já receberam uma dose da vacina: deve ser administrada uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
O recomendado é aplicar duas doses da vacina contra febre amarela com intervalo de 10 anos, após a aplicação da primeira dose.
pessoas a partir de 5 anos e que já receberam as duas doses da vacina são consideradas imunizadas.
Para vacinação contra febre amarela em pessoas com 60 anos ou mais que nunca foram vacinas deverá ser feita uma avaliação médica com o intuito de julgar o benefício e o risco da vacinação, levando em consideração se há risco da doença e de outros eventos adversos nessa faixa etária.
A administração da vacina também poderá ser feita em situações decorrentes de comorbidades, ou seja a existência de duas, ou mais doenças na mesma pessoa.
Para casos de gestantes, a vacinação da febre amarela é contra indicada e só deve ser aplicada, sob orientação médica bem como em emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para áreas de risco.
Para estes casos, a vacinação contra a febre amarela não é indicada e deve ser adiada até que a criança complete 6 meses e só deve ser aplicada, sob orientação médica.
Por outro lado, em emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viajem para áreas de risco o uso da vacina também pode ser indicada.
A vacina para febre amarela é recomendada para as pessoas que pretendem visitar áreas que indicam a vacina é de que façam a imunização pelo menos 10 dias antes da viagem.
Segundo o Ministério da Saúde o esquema de doses da vacina contra a Febre Amarela, deve seguir as seguintes orientações:
A administração da dose padrão da vacina contra Febre Amarela pode ser feita da seguinte forma:
De 9 meses a menores de 2 anos de idade
Somente as que residem em áreas de perigo.
Se houver necessidade de emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia – CIVP, então deverá apresentar o comprovante de viagem no ato da vacinação.
Pessoas com exame de HIV positivo e assintomáticos bem como após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral).
Sendo assim, administração de um novo ciclo se torna indefinido.
A partir de 24 meses após o transplante, se não houver doença em enxerto versus hospedeiro, recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor.
O recomendado é administrar a vacina 3 meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamentos anti-célula B, quando o intervalo deve ser de 6 meses);
Hemofilia e Doenças Hemorrágicas Hereditárias (administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação, recomenda-se o uso de gelo antes e depois da aplicação da vacina);
Sem uso de hidroxiureia, administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação e com o uso de hidroxiureia, administrar a vacina somente se a contagem de neutrófilos for acima de 1500 céis/mm³.
LEMBRETE: Se você for doador de sangue, deve doar antes de tomar a vacina. Se vacinado, aguardar 28 dias para fazer a doação.
Algumas contraindicações são absolutas, como:
Para menores de 6 meses de idade.
Por doença ou uso de medicação.
No período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
Transplante de órgão e portadores de câncer.
Além disso, há ainda situações de precaução, nas quais, é necessário consulta médica para avaliar a possibilidade de vacinação.
A vacina contra a febre amarela é considerada vacina eficaz e segura.
De modo geral, os principais eventos observados são:
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A vacina contra a febre amarela está disponível na rede pública de saúde e em clínicas particulares.
Nas unidades do Hermes Pardini, a vacina disponível é produzida pela Sanofi Pasteur e é composta por lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L- alanina e solução salina.
A vacina é administrada por via subcutânea e apresenta eficácia superior a 95%, com bom perfil de segurança e além de ser ofertada nas unidades próprias também podem ser aplicadas em domicílio.
O cliente vacinado no Hermes Pardini, após a vacinação, deve procurar o centro de orientação de viajantes (COV) ou a ANVISA nos aeroportos.
Portando um documento de identidade com foto e a caderneta de vacinação com o registro da vacina, você poderá emiti-lo.
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