A vacina HPV foi desenvolvida para evitar a contaminação pelo HPV (Human Papiloma Virus ou Papiloma Vírus), uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo.
Também conhecido como crista de galo, a Doença Sexualmente Transmissão (DST) é o precedente da maioria dos casos de câncer de colo de útero e pode ser combatida ou amenizada com a vacina HPV, distribuída no Brasil.
Existem mais de 200 tipologias de HPV, entretanto somente 150 estão catalogados e sequenciados geneticamente.
Cada tipo pode ocasionar verrugas em determinadas partes do corpo, como: vulva, vagina, colo do útero, pênis, ânus, garganta, boca, pés e mãos.
A depender das manifestações causadas, estas lesões podem ser precursoras do câncer, como o câncer de garganta ou de ânus, geralmente associados às tipologias 16 e 18, como veremos abaixo.
É estimado que, no Brasil, 80% à 90% da população já obteve contato com a DST, mesmo sem manifestar lesões. E cerca de 54% dos jovens, entre 16 e 25 anos, possuem o vírus do HPV ativo no organismo.
Ocasionalmente, o vírus pode ser eliminado pelo corpo naturalmente, mas em alguns casos ele pode se manifestar e avançar para o estágio de doença.
As transmissão do vírus acontece na relação pele com pele durante o ato sexual. E por isso é considerado uma doença sexualmente transmissível. Porém, diferente de DST’s comuns, não é preciso haver troca de fluídos, secreções vaginais ou penianas para que a contaminação ocorra, veja estes exemplos:
*As três últimas causas são formas de transmissão mais raras, porém, possíveis.
O sexo vaginal e anal continua sendo a forma mais frequente de transmissão, dependendo também de uma predisposição individual e estado imunitário.
Por isso, é indispensável o uso da camisinha durante o ato sexual ou oral.
Mesmo sem apresentar os sintomas, o indivíduo pode possuir o vírus ou até mesmo manifestar os sinais após dois a oito meses da infecção.
Por isso é praticamente impossível saber da infecção pelo HPV. A realização de exames de rotina, como papanicolau ou preventivo, para as mulheres pode identificar se há alguma alteração no colo do útero, provocado pelo papilomavírus.
O principal sintoma do vírus é o surgimento de verrugas ou lesões na pele, normalmente manchas brancas ou marrons que coçam; as verrugas são da cor da pele ou rosáceas, podendo ser lisas, planas ou elevadas com textura áspera.
Geralmente são encontradas nos lábios ou na abertura da vagina ou pênis, podem aparecer também ao redor ou dentro do ânus.
Secreções vaginais ou penianas podem sinalizar algum problema de infecção, bactérias ou algum tipo de DST, assim como, cheiros fortes na região íntima.
As dores durante a relação sexual são sinais de que algo não anda bem, principalmente por se tratar, na maioria dos casos, de feridas na parte interna ou externa da mucosa.
Para identificar qual tipo de HPV o indivíduo possui, é necessário fazer um exame de captura híbrida ou genotipagem a partir da colposcopia, vulvoscopia ou peniscopia com especialistas (ginecologistas e urologistas).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou para o Brasil desde 2016, o uso de vacina contra o HPV, mais especificamente duas vacinas que inibem o contágio pelo papilomavírus, ambas disponíveis tanto na rede hospitalar pública, quanto na privada.
Para meninas e mulheres de 9 à 26 anos, durante o período de 0, 2 e 6 meses.
Para meninas e mulheres de 10 à 25 anos, durante o período de 0, 1 e 6 meses.
A vacina HPV tem como objetivo proteger contra a infecção do vírus.
Em especial, dos tipos 16 e 18, causadores da neoplasias de trato genital feminino, anal e oral, diminuindo assim, a ocorrência destes tipos de câncer.
Estudos mostram que a duração da proteção da vacina se mantém constante mesmo após cinco anos da dosagem.
Sim, embora a funcionalidade da vacina seja maior para aqueles que nunca tiveram contato com o HPV, não há contraindicações para quem já iniciou a vida sexual ou até mesmo para quem já possui o vírus.
Como vimos anteriormente, o indivíduo pode não manifestar os sintomas do vírus, ou seja trata-se apenas de uma positividade transitória.
Logo, ele poderá se beneficiar dos outros controles de tipo HPV que há na substância da vacina.
A vacina é liberada para uso em ambos os sexos, porém, disponíveis para os homens de qualquer idade apenas na rede privada, confira os postos de vacinação do Laboratório Hermes Pardini.
A vacina não é indicada para aqueles que possuem alergia a algum componente da fórmula.
Se após a dosagem da vacina houver algum tipo de reação alérgica também não é indicado a continuação do tratamento.
Gestantes devem esperar até o fim da gravidez para a vacinação, caso a mãe já possua o vírus é necessário um encaminhamento médico para melhor procedimento.
Os efeitos colaterais da vacina são geralmente associados aos mesmo efeitos de vacinas comuns, como:
Mesmo com a baixa procura pela vacina, muitas vezes oferecidas em posto de saúde durante as campanhas de vacinação.
Anualmente 295 mil mortes são causadas por diferentes tipos de câncer consequentes do HPV.
Uma dos motivos da baixa aceitação da vacina são as informações que circulam em redes sociais sobre a paralisia em jovens.
As afirmações já foram analisadas e descartadas por médicos e especialistas.
A OMS publicou em julho de 2017, um relatório onde afirma a seguridade da vacina HPV e seus componentes químicos sendo estes incapazes de desenvolver a doença.
As vacinas estão disponíveis na rede pública e fazem parte do calendário de saúde do SUS, oferecidas gratuitamente para meninas de 9 à 13 anos.
Os interessados devem ir aos postos e solicitar sua dose, não é necessário um exame prévio para detecção do vírus.
Na rede privada, a vacina pode ser tomada por homens e mulheres de qualquer idade, basta procurar por laboratórios de vacinação que a dosagem esteja disponível.
Como por exemplo, o Laboratório Hermes Pardini, que além de oferecer a vacina em suas unidades próprias também podem ser aplicadas em domicílio.
Além da vacina HPV, é oferecido na empresa vacinas para outros tipos de DSTs, como: Hepatite B, Herpes Zoster, entre outras.
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